Para auxiliá-lo em seu roteiro, acompanhe neste artigo o que fazer na Islândia e as principais dicas. Mas antes de tudo, vamos entender um pouco mais sobre este país?
Você sabia que a Islândia é a segunda maior ilha do continente europeu? Além disso, ela faz parte dos países nórdicos e tem uma população de um pouco mais de 360 mil habitantes.
Outro fato sobre a Islândia, é que ela já foi lar dos vikings. É importante salientar também, que é um país extremamente desenvolvido e um exemplo em educação e segurança. Sendo inclusive, eleita como o país mais pacífico do mundo desde 2008 pelo Índice global da paz.
Agora, falando brevemente sobre sua geografia, podemos citar que a Islândia está entre duas placas tectônicas. Portanto, foi formada pelas atividades vulcânicas da região. Ela também fica bem próxima do Círculo Polar Ártico e, por isso, é chamada de “a terra do fogo e do gelo”.
Logo, toda essa descrição de nomes que a gente só via nas aulas de geografia, não poderia resultar em nada mais, nada menos do que paisagens surpreendentes e indescritíveis.
Sem dúvida, este é um destino que ficará para sempre marcado em suas memórias de viagens como um dos mais especiais.
Informações Gerais para visitar a Islândia
Capital: Reykjavik.
Moeda: Coroa Islandesa (ISK).
Idioma: Islandês, mas as pessoas se comunicam muito bem em inglês.
Visto: Não é necessário visto para brasileiros para a permanência de até 90 dias.
Quantos dias são necessários para conhecer a Islândia
A Islândia é um país pequeno, com 103.000 km² de extensão e a velocidade máxima permitida na estrada não passa de 90km/hora. Sendo assim, com uma média de 12 a 15 dias você consegue dar a volta em toda a ilha com tranquilidade. Seria possível realizar o trajeto em menos tempo, mas não aconselho, pois ficaria muito corrido.
Entretanto, uma opção para quem tem menos tempo é selecionar uma parte da ilha para conhecer. Nós, por exemplo, fizemos Reykjavik e a parte sul, onde se concentra a maior parte das atrações como as cachoeiras Seljalandsfoss, Skógafoss, Gullfoss, geleiras, praia de diamantes, entre outros.
Temperatura na Islândia
Por incrível que pareça, embora a Islândia tenha gelo até no nome (Iceland), já passamos mais frio em Nova York do que lá. Claro que é muito frio, mas o clima é suportável até mesmo no inverno. Ao longo do ano, a média da temperatura varia entre –1 a 15 graus Celsius.
Quando ir para a Islândia
A Islândia é um país interessante para se visitar durante o ano todo, pois nas diferentes estações, tanto as paisagens quanto os fenômenos naturais que ocorrem, mudam completamente
No verão, por exemplo, você irá presenciar o sol da meia noite, portanto terá mais de 20 horas de sol todos os dias. Por outro lado, para quem está em busca do famoso fenômeno da aurora boreal, o ideal é ir no inverno. Contudo, nessa época, haverá apenas cerca de 5 horas de luz do dia e algumas estradas estarão fechadas.
Sendo assim, a escolha deve ser feita, de acordo com o seu objetivo e também orçamento, uma vez que, a alta e baixa temporada determinam valores consideráveis como os de hospedagens e alugueis de carro.
Alta temporada – De junho a agosto
Média temporada – abril e maio/setembro e outubro
Baixa temporada – De novembro a março
Como chegar à Islândia
O aeroporto internacional da Islândia é o Keflavik (KEF), que fica na cidade de mesmo nome.
Já que não há voos direto do Brasil, a melhor forma se de chegar à Islândia é pegando um voo para os Estados Unidos ou Europa Central e depois, pegar outro voo para a Islândia.
No nosso caso, voamos até Chicago, nos EUA e aproveitamos para ficar duas noites na cidade. Depois disso, seguimos para a Islândia com a Icelandair.
As cias aéreas que voam para a Islândia são: Icelandair, Lufthansa, Wizz air, Air Baltic, Atlantic Airways, Easyjet e SAS.
Como conhecer a Islândia
Como já mencionamos anteriormente, em apenas alguns dias é possível dar a volta em todo o país . Por este motivo, se você tem um estilo aventureiro, a melhor forma é alugar um carro e desbravar a terra do gelo no seu próprio tempo, podendo parar nos pontos turísticos e ficar o tempo que você desejar.
A Ring Road N1 é a estrada principal da Islândia e pela qual, você pode contornar todo o país. É uma via excelente e com pouca movimentação de carros.
Para realizar o trajeto de carro, é importante que confira as informações sobre as condições meteorológicas antes de pegar a estrada. Principalmente, por causa dos ventos fortes. Nós, por exemplo, nos assustamos algumas vezes ao sentir o carro chacoalhar na estrada.
Porém, se o seu estilo de viagem é menos “roots”, se prefere não ter que se preocupar com possíveis situações adversas ou ainda, se não tiver como dirigir, pode optar por contratar passeios nas agências locais de Reykjavik.
Neste caso, uma opção, é a Reykjavik Excursions ou a Gateway to Iceland mas já adianto, que provavelmente, sairá mais caro do que alugar o carro, principalmente, se você estiver com amigos para dividir o custo do aluguel e combustível.
O que fazer na Islândia
Eventos naturais
Por ser um destino exótico e de natureza exuberante, falar de eventos naturais e o que fazer na Islândia é quase que sinônimo. Portanto, veja a seguir alguns deles:
Aurora boreal
A Islândia é um destino onde se pode observar a aurora boreal, um dos fenômenos mais lindos da natureza e que ocorre no Polo Norte. São luzes coloridas e brilhantes que se formam no céu resultantes do impacto dos ventos solares com o campo magnético do planeta.
Sol da meia noite
Mesmo sendo um país muito gelado, no verão o sol brilha 24 horas por dia. Isso ocorre durante o chamado solstício de verão do hemisfério Norte. Neste período, a inclinação do eixo da Terra em relação ao plano de sua órbita permite que a luz solar incida sobre os polos. E assim, o sol permanece no horizonte mesmo durante a noite.
Vulcões
Como já citado, a localização geográfica da Islândia favorece os vulcões e vez ou outra, ouvimos falar nos noticiários sobre algum que entrou em atividade.
A erupção do vulcão Laki foi o caso mais grave. Inclusive, é considerada como a maior erupção da história. Este fato ocorreu entre junho de 1783 a fevereiro de 1784 e milhares de pessoas e também animais morreram.
Outro vulcão, com nome bem complicado, causou um transtorno enorme no ano de 2010. Na época, a erupção do vulcão Eyjafjallajökull formou uma nuvem imensa de cinzas e, por consequência, o espaço aéreo da Europa ficou fechado por vários dias. Durante este período, milhares de voos foram cancelados, o que causou um efeito dominó e problemas na aviação do mundo todo.
Por consequência da erupção do vulcão Eyjafjallajökull, a geleira (de mesmo nome) derreteu e provocou muitas inundações no sul da ilha. Então, decretou-se estado de emergência pela Defesa Civil da Islândia e as vilas próximas foram evacuadas.
Atualmente, a geleira Eyjafjallajökull é uma atração turística da Islândia.
Águas geotérmicas
As atividades vulcânicas da Islândia e a constante movimentação de suas placas, fazem com que ela seja rica em águas geotérmicas. Aliás, a energia, a água e o aquecimento do país, são gerados através das estações geotérmicas.
Devido a essa abundância de águas termais, você pode encontrar piscinas públicas por todo o país.
São mais de 170 piscinas com águas termais e ricas em minerais. Destas, a mais visitada é o Blue Lagoon, que fica a apenas 20km do aeroporto de Keflavik. A água das piscinas do Blue Lagoon, chegam à temperatura de aproximadamente 40ºC. Além da piscina, o Blue Lagoon conta com um complexo turístico com Spa, hotel e restaurante.
Gêiser
Os Gêiseres também são fenômenos que só ocorrem em locais com vulcões ativos, ou seja, a Islândia é o local perfeito para vê-los. Inclusive, o nome Gêiser é de origem Islandesa e significa “água jorrante”.
No parque geotermal Haukakalur você pode ver o Strokkur, um dos maiores gêiser em atividade da Islândia. Seus jatos de água são lançados entre 5 e 10 minutos e podem chegar a 20 metros.
Círculo Dourado
Esta é a rota mais visitada da Islândia e também, onde estão localizadas as principais atrações.
No Círculo Dourado você poderá ver o Parque Nacional Thingvellir, Vale geotérmico Haukadalur (onde ficam os gêiseres Strokkur e Geysir), a cachoeira Gullfoss e a cratera Kerid.
A rota tem 300 km e pode ser feita em um único dia. Inclusive, muitas empresas oferecem tours partindo e retornando a Reykjavik. Sendo portanto, uma ótima opção de passeio caso você tenha pouco tempo na Islândia.
Cachoeiras
Como já deu para perceber, as maiores atrações da Islândia envolvem água, e claro que as cachoeiras são pontos de parada obrigatória. Além do mais, ver aquelas imensas quedas d’água em meio a vegetação e paisagens tão diferentes é como se você estivesse em um cenário de filme.
A cachoeira Gullfoss ou cachoeira dourada, é a mais conhecida da Islândia. Ela fica apenas a duas horas de Reykjavik e faz parte do círculo Dourado.
Apesar de Gullfoss levar o título de mais famosa, todas as demais cachoeiras são magníficas. A Seljalandfoss, por exemplo, fica na rota sul e é uma das cachoeiras mais altas, com 63m. Já a Skógafoss, também entra na lista de mais populares e belas cachoeiras. Além dessas, há também a Svartifoss, um dos cartões postais da Islândia e que fica dentro do Parque Nacional Skaftafell.
Enfim, há muitas cachoeiras na Islândia e todas elas irão te encantar, seja por sua magnitude ou beleza ao redor.
Diamond Beach – Praia de areia preta
A Diamond Beach tem uma das paisagens mais incríveis que já vimos.
Os chamados “diamantes” ou seja, as grandes pedras de gelo que ficam na areia da praia, são fragmentos do Glaciar Vatnajökull. Ao se desprender, flutuam pelo Lago Jökulsárlón até o mar e com a força do vento e ondas alguns voltam para a praia de areia negra. Formando então, uma paisagem deslumbrante.
Avião Dakota Wreck
Um cenário de filme. Essa exótica atração turística é uma das principais da Islândia. Primeiramente, porque são os destroços de um avião caído no meio do nada. Entretanto, não é um “nada” qualquer e sim, uma área enorme com areia preta e pedras. A longa caminhada para chegar até o avião tem cerca de 8km (ida e volta) na praia de areias negras de Sólheimasandur. Atualmente, há um serviço de ônibus pago para levar os turistas até a aeronave, mas quando fomos só era possível ir a pé.
E por que este avião está lá?
No ano de 1973 a aeronave modelo C-47 SkyTrain da marinha dos Estados Unidos, o Dakota Wreck, teve que fazer um pouso forçado. A bordo, estavam sete pessoas e todas sobreviveram. O avião nunca foi retirado do local.
Reykjavik, a capital da Islândia
Já que a sua chegada à Islândia será na capital Reykjavik, aproveite para conhecê-la. Embora seja uma das menores capitais da Europa, Reykjavik possui uma vida cultural diversificada com galerias, teatros além de bares, restaurantes e cafés bonitos e aconchegantes.
Quanto a arquitetura, os prédios baixos e telhados coloridos de Reykjavik chamam a atenção, mas dois monumentos grandiosos se destacam que é a igreja Hallgrímskirkja, considerada símbolo de Reykjavik, e que está presente nos cartões postais e também o Harpa Concert Hall.
Caso queira conhecer um pouco mais sobre a história de Reykjavik e sobre a cultura Islandesa poderá agendar um free walking tour. O tour leva duas horas e nesse conceito de visita, cada um contribui com o valor que desejar ao final do passeio.
A comida da Islândia
Como era de se esperar, por ser uma ilha, a base da comida Islandesa são os frutos do mar, mas a carne de cordeiro também é um alimento muito consumido. Quanto aos legumes, estes são cultivados em estufas já que o clima Islandês é tão adverso. Inclusive, visitamos um local onde faziam essa produção e foi bem interessante de conhecer.
Nos restaurantes, ficamos muito impressionados com a comida. Era tudo muito saboroso e com uma belíssima apresentação dos pratos.
Por falar em comida, há algumas peculiaridades que fazem parte da gastronomia Islandesa. Entre elas, podemos citar a carne de tubarão podre. Ela é servida como aperitivo e acompanhada uma aguardente local chamada Brennivín. Outra carne polêmica que também é consumida é a de baleia.
Não deixe de comer o iogurte Skyr. Dizem que ele foi criado na Islândia e pelos vikings. Portanto, nada melhor do que prová-lo em sua terra originária, não é mesmo?
Por fim, outra coisa muito popular na gastronomia da Islândia são os cachorros-quentes. O mais famoso e considerado o melhor de Reykjavik, é o Baejarins Beztu. A disputada barraca de cachorro quente, fica próxima ao porto.
Hospedagem na Islândia
Vale ressaltar, que a Islândia é um país caro e a hospedagem é normalmente um dos maiores gastos em viagens.
Em Reykjavik ou nos vilarejos maiores há muitas opções como guest-houses, hostel e B&B.
Em nossa viagem pela Islândia, utilizamos a campervan. Logo, não tivemos que nos preocupar tanto com hospedagem, já que dormíamos no carro. Apesar disso, tínhamos que ver os locais dos campings e neles se paga uma taxa para pernoitar e tomar banho.
O único local em que ficamos em quarto foi em Reykjavik, onde dormimos uma noite. Era um prédio baixo (como todos da Islândia) e alugavam os quartos daquele local. O quarto era individual com cama de casal mas o banheiro ficava do lado de fora e era compartilhado. Entretanto, como era tudo extremamente limpo, não tivemos nenhum problema. Fizemos a nossa reserva pelo Airbnb.
Uma experiência que deve ser muito interessante para quem gosta de mergulhar na cultura local é se hospedar nas fazendas e dessa forma, poder entender um pouco mais sobre a forma de vida das pessoas além de ter a oportunidade de ficar pertinho dos cavalos Islandeses.
9 respostas
Post completissimo! Sonho em conhecer a Islandia, principalmente depois de ver o documentario com o Zac Efron, confesso haha
As paisagens são incríveis, né? Não vi esse documentário. Vou procurar aqui. Beijos
Uau! Conteúdo super completo.
Um dia vou conhecer esse lugar incrível.
Parabéns pelo conteúdo.
Muito obrigada Dy! Fico muito feliz que tenha gostado. Pode colocar na sua lista, não irá se arrepender. Bjos
Cada vez que venho nesse blog a vontade de viajar só aumenta. Vocês são minha inspiração
Que delícia de comentário! Ainda vamos viajar juntos, viu! Aguarde. Bjs
Adorei o post e as dicas! Conhecer a Islândia é um dos nossos maiores desejos de viagem, mas sempre achamos meio caro. Você ter contado a sua experiência sobre dormir no carro ajudou a abrir uma possibilidade. Agora só tenho que vencer a barreira do frio! hahaha
Ah, outro dia visitamos o site de turismo da Islândia e eles possuem uma aba de compromissos dos visitantes, que são divertidíssimos, não sei se você já viu. (https://visiticeland.com/pledge)
Um beijo!
Olá Nah! Que bom que o carro fez vocês verem a locomoção e hospedagem na Islândia como uma nova perspectiva. Vou preparar um texto sobre a experiência no carro porque foi muito interessante. Acabei de olhar o link e amei! Eu não tinha visto não. Grande beijo.
Meu sonho conhecer a Islândia! Amei a postagem e anotei várias dicas!!!